Síndrome de Burnout; você faz parte desse contexto?

Psicóloga Ana Gláucia Lima | Psicóloga Clínica e Palestrante

Olá, pessoal, como vocês estão? Espero que vocês estejam bem! Vocês sabem, qualquer coisa estou por aqui; conte comigo!

Quero falar hoje com vocês sobre a Síndrome de Burnout. Você já ouviu falar sobre essa síndrome, conhece alguém que está passando por essa situação, ou, você mesmo, faz parte desse contexto? Vamos pensar sobre o conceito, formas de prevenir e manejar o Burnout, que vem assolando muitas pessoas ao redor do mundo.

O nome Burnout, vem do inglês que significa “queimar pra fora” “explodir”.

Leva esse nome devido as características dessa síndrome que tem como principal cenário, o ambiente de trabalho, ou excesso de trabalho.

Não é, ainda, caracterizada como um transtorno mental, mas como uma síndrome – conjunto de sinais e sintomas – trazendo muito prejuízo para o individuo que apresenta tais condições.

O conceito de Burnout surgiu nos Estados Unidos em meados de 1970 e o psiquiatra Freudenberg é quem inicia os estudos em 1974. Atualmente é considerada como uma doença ocupacional após sua inclusão na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), levando muitos profissionais necessitarem de afastamento do trabalho devido à condição.

SINAIS E SINTOMAS:

Como sinais e sintomas do burnout, podemos destacar o cansaço físico e mental de formas exacerbadas; dores de cabeça; alterações no apetite; dificuldade de dormir e de concentração; sentimentos de fracasso, desesperança, incompetência; alteração de humor; sintomas de ansiedade e até mesmos crises intensas de ansiedade.

É importante avaliar os sintomas vinculados ao contexto de esgotamento profissional e não os avaliar de forma isolada, por isso a necessidade de avaliação profissional.

Geralmente a pessoa se queixa dos sintomas e vincula o início e o curso dos mesmos no contexto de grande desgaste profissional.

TRATAMENTO:

Como tratamento, o individuo precisa buscar ajuda na psicoterapia para reavaliar a relação que ele tem com o trabalho e repensar formas de vivenciar sua rotina pensando saudavelmente. Sabemos que vivemos em um mundo extremamente competitivo e “urgente”, porém, a psicoterapia ajuda a entender todo esse contexto e entender o indivíduo dentro desse ambiente, suas prioridades, suas necessidades e vontades, e, principalmente seus LIMITES, visto que nos esgotamos quando esses limites são desconhecidos ou ultrapassados.

Também, pode-se procurar o psiquiatra para avaliar a necessidade de tratamento farmacológico pensando nos sintomas agudos de ansiedade e possibilidade do surgimento de depressão dentro de alguns quadros.

Realizadas mudanças cognitivas e posicionamentos frente ao trabalho, percebemos resposta positiva do tratamento e retorno às atividades laborais de forma dessensibilizada (gradativa) com a possibilidade de novos arranjos e ajustes nesse ambiente.

Sabe o que pode ser muito útil? Esse dado atual de tanto afastamento e sofrimento percebido por todos nós, pode ser de grande importância para empresários e gestores repensarem a cultura de suas organizações e a forma de lidar com os colaboradores que são “o coração” das organizações/instituições.

PREVENÇÃO:

Você pode estar se perguntando; “Ok, Ana, entendi tudo, mas, como posso prevenir essa situação?”. Vamos lá…

Como a síndrome de Burnout é o esgotamento profissional, em primeiro lugar, nós precisamos identificar nossos limites e VERBALIZÁ-LOS.

Temos a “mania” de absorver tudo pra nós, e termos que “dar conta” de tudo. Talvez nosso valor esteja nesse “dar conta” e nesse “ser necessário”. Pois é, por isso que falamos tanto do autoconhecimento, né, pessoal?

Sei que muitas empresas exigem demais e temos medo de ser dispensados por não responder a todas as tarefas demandadas, mas, pensa comigo, cada vez mais serão demandadas atividades pra nós se sempre nos mostrarmos capazes de absorver mais e mais… pense como seu empregador pensa nesse momento! E, pra nós que temos nosso próprio negócio, eu penso que fica difícil também entendermos a quantidade de tempo dispensado ao trabalho, a insalubridade implícita nas comparações com outros profissionais e empresas, a “corrida contra o tempo”, a necessidade de inovação a todo momento, enfim…

Então, identifique seus limites, acolha e valorize-os e não esqueça de verbalizá-los.

Outra dica super importante é entendermos que o trabalho é somente um pilar na nossa vida, somente uma área da nossa vida e não nossa vida toda. Precisamos dividir nossa atenção e investimento de energia. Você já parou pra pensar se você é dispensado do seu trabalho hoje, ou se você, por algum motivo, não consegue trabalhar temporariamente? Quais pilares irão te sustentar? Como você vai preencher seu tempo? Com quem vai conversar, o que vai fazer de bom? Quais seus valores? Então, encare seu trabalho como um e não o pilar, ok?

Também, para evitar o burnout, descanse. Tire um tempo pra você. Recalcule suas rotas. Reveja suas prioridades. Tenha um hobby. Reveja alguns amigos e familiares. Permita-se ao ócio criativo. Desenvolva uma atividade prazerosa.

E, não menos importante, mas também essencial, trabalhe seu autoconhecimento. Procure terapia. Invista em você. A terapia não é somente para remediar, é imprescindível para nos preparar, nos ajudar na caminhada, nos fortalecer e nos ajudar a identificar as dificuldades nos dando ferramentas para manejá-las.

Espero ter te ajudado. Lembre-se que estou por aqui, pode entrar em contato comigo e vou ficar muito feliz de te ver em minhas redes sociais. Quero sua opinião, tá? Escreve aqui no site se fez sentido pra você e sobre quais outros assuntos você gostaria de ler.

Grande beijo e até breve.

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