Oi, pessoal! Como vocês estão?! Espero que estejam bem e que tenham uma ótima semana!
Vamos conversar sobre “blindagem emocional”, você já ouviu essa expressão?
Você já viu um carro blindado? Sabemos que as pessoas blindam o carro, por exemplo, para se proteger de ataques externos. E isso, geralmente funciona, não é mesmo? As pessoas se sentem seguras em transitar em lugares que elas julgam ser mais perigosos, em se expor, porque se sentem seguras dentro do blindado.
Esse é um exemplo bastante próximo do que quero dizer com “blindagem emocional”. A possibilidade de transitarmos em lugares que julgamos ser mais perigosos emocionalmente, estar próximos de situações e pessoas que, de alguma forma, nos desestabilizam emocionalmente, nos expormos a eventos
dessa magnitude, pode ser mais viável quando nos “blindamos emocionalmente”.
Precisamos nos proteger. Nos proteger de situações, de pessoas, de vivências que podem nos trazer sofrimento.
Existem situações, pessoas que podemos decidir não ter mais contato, não ter mais convivência por falta de identificação, vontade e prazer de estar nesse lugar ou com determinada pessoa. Temos esse direito. Temos o dever de respeitar a todos, porém, se não nos identificamos com alguma pessoa ou situação, não precisamos insistir em determinados vínculos.
Agora, existem pessoas, lugares, e situações que não conseguimos “escapar”, não é mesmo?
Às vezes, você pode ter uma dificuldade no seu trabalho, no seu convívio social, familiar, e que, de alguma forma, seja periodicamente ou não, você vai precisar ter esse contato e convivência mais de perto.
Como se expor a essa situação sem tanto desgaste ou prejuízo mental? Se “blindando emocionalmente”.
Mas, o que significa, na prática, se “blindar emocionalmente”?
A “blindagem emocional”, nada mais é do que você se proteger de comentários, falas, projeções, lugares que vão te desestabilizar emocionalmente. O senso comum ilustra esse comportamento muito bem com uma expressão que diz: “o veneno só mata se você beber”.
Realmente, nos ferimos se deixarmos essas “farpas” nos atingirem. Se “tomarmos esse veneno”.
Precisamos nos atentar para alguns passos.
Em primeiro lugar, precisamos saber muito bem quem nós somos, todas nossas potencialidades e fragilidades. Estarmos seguros e firmados nessa verdade que não se abala com qualquer projeção que vier. Por isso é importante o AUTOCONHECIMENTO. A pessoa que diz, você é isso ou aquilo, ou você deveria fazer isso ou aquilo, perde força quando você sabe muito bem quem você é, seus direitos e deveres.
Então, nem que você utilize de um cartão recurso ou cartão de enfrentamento, como lembrete desses detalhes, isso pode te ajudar muito.
Outra postura a ser adotada é de você, em determinado momento de crise, “sair de cena”, ou seja, realmente, peça licença e saia do ambiente.
Quebre essa escalada emocional, assim você evita um confronto maior e mais caloroso.
Você também pode deixar claro limites. Verbalizá-los e se impor de alguma forma nessa relação, solicitando para não continuarem nesse conteúdo. Ou, simplesmente parar de expressar sua opinião, tentando qualquer tipo de convencimento. Você e eu sabemos que isso acaba sendo em vão com algumas pessoas e em alguns lugares. Nossos argumentos, por mais que sejam extremamente embasados, não serão considerados em situações dessa natureza.
Visualizar essa cena em sua cabeça, também pode ajudar muito, planejando momentos de escape. Uma forma muito inteligente de se comportar é pensar estrategicamente em encontros difíceis. Antecipar prejuízos e sofrimentos, pensando “no pior cenário”, faz com que desenvolvamos formas eficazes de
vivenciar esse conflito e não deixamos com que o nosso emocional tome o lugar da razão.
E sempre, a todo momento, tente separar as coisas. O que é seu e o que é do outro. O que diz sobre você e o que diz sobre o outro. O que vale a pena enfrentar e “disputar” e o que não vale.
Escolha suas batalhas. Algumas você cerra os punhos e vai. Outras você, simplesmente, deixa as coisas fluírem, sempre nutrindo seu pensamento com suas verdades e seus apontamentos, não se deixando levar por projeções e conclusões dos outros.
Se possível, se proteja territorialmente. Escolha os períodos que você precisa de fato estar nesse ambiente. Limite-se à necessidade e sempre depois de algo muito difícil, faça algo muito prazeroso pra você, dando essa recompensa pra você e para seu desgaste.
Se cuida, tá?
Estou por aqui e nos vemos em breve!
